A COVARDIA É A MÃE DA CRUELDADE

*Coluna do Delegado e associado, Dr. Rodrigo Bustamante

Frase do escritor francês Michel Eyquem de Montaigne. Antes dele, Sêneca, filósofo estoico, concluiu que a crueldade resulta da fraqueza. De forma geral, covarde é aquela pessoa que é controlada pelo medo, que se deixa dominar e de fazer o que é correto por medo das consequências. Porém, pessoas fracas que extravasam seus medos via violência desmedida contra o outro, também são covardes.

A covardia, por vezes, também manifesta-se pela crueldade física, psicológica, moral e até política, onde expressa-se o deseja incontrolável de esmagar e exterminar o, em tese, mais fraco, que não podem reagir ou defender-se. O covarde também tem medo, medo de se confrontar com alguém que possa resistir ou enfrentar sua agressividade. Por isso a direcionam para onde é “mais seguro” e contra quem é mais “frágil”.

Normalmente o covarde é impulsionado pelo temor de que o outro possa vencê-lo, pois por vezes, é mais corajoso e melhor que ele, sendo necessário exterminar o indefeso para satisfazer o medo de ser derrotado. O cruel, mentiroso que se esconde por trás da “máscara da coragem”, ser impulsionado pelo ódio, rancor e raiva, não respeita norma e valores sociais e legais de uma sociedade.

Já a coragem, que é uma qualidade custosa, pressupõe sempre a tomada de decisões e atitudes que podem gerar risco frente a certas situações. Não somente riscos, depende de um grande esforço para exercê-la. Não é tão simples. Entretanto, considerando que é impossível ter sempre coragem, é desprezível e repugnante o ser humano que pauta suas atitudes pela covardia e crueldade.

Exemplos que encontramos em nossa sociedade. De homens que espancam as mulheres, de pessoas que agridem seus filhos, idosos e vulneráveis, pedófilos que abusam sexualmente das crianças e as matam para sentir prazer. Prazer de apenas sobrepor-se aos mais fracos. Os chamados covardes ativos. Encobrem sua insegurança disseminando o mal.

O sentimento desprezível de poder é o que une esses covardes ativos. Eles agridem, maltratam, matam, torturam, abusam, simplesmente porque “podem”. Porque gostam. Porque sentem prazer. Verdadeiros parasitas sociais. Como dito, esses covardes costumam se valer das fraquezas alheias para se sentirem superiores. Fortalecem-se na fraqueza alheia.

Infelizmente, de tempos em tempos, somos surpreendidos por atrocidades onde claramente um (a), ou uns (umas), covarde (s) pratica (m) atos de crueldade contra uma pessoa frágil e vulnerável. Nessa semana o Brasil foi sacudido com mais um caso de violência. A morte cruel de uma criança de 10 anos de idade aqui em nosso Estado. Uma vida cheia de sonhos ceifada por um (a) ser humano desprezível. Um (a), ou uns (umas), covarde (s) que para encobertar seus medos e fraquezas pratica (m) uma crueldade. Covarde (s) !!!

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